segunda-feira, 24 de janeiro de 2011






O lightpainting (pintura com a luz, em tradução livre) é uma técnica que tem – de certa forma – mais em comum com o desenho do que com a fotografia propriamente dita.
Em um quarto escuro, ou ao ar livre durante a noite, o lightpainter usa fontes de luz portáteis – lanternas, chamas e LEDs, por exemplo – para desenhar no ar, e o sensor da câmera registra todos os movimentos. A imagem em si não é exatamente uma foto, mas um misto entre captura fotográfica e pintura.

As luzes dos carros e dos malabares formam rastros sobre o cenário, linhas coloridas que complementam o resto da imagem. No lighpainting, por outro lado, o cenário – na maior parte das vezes – é secundário às luzes, tornando as linhas e o efeito ótico muito mais importantes para a composição como um todo.
Existem infinitas possibilidade de utilizar fontes de luz como ferramenta para o lightpainting. Porém a primeira escolha necessária para explorar essas opções é justamente qual fonte utilizar: lanternas, celulares e isqueiros são apenas as possibilidades mais óbvias e de fácil obtenção.

Além da escolha da fonte, a técnica permite a exploração dos modificadore
s de luz – como papel celofane para colorir uma lanterna, por exemplo – para aumentar ainda mais o impacto dos efeitos na imagem final. A foto acima, por
exemplo, foi feita utilizando um celular e um aplicativo que permite selecionar a cor da tela a cada instante.

A primeira imagem de lightpainting reconhecida na historia é ob
ra de Man Ray, artista multimídia americano que, em 1935, gerou a obra “Space Writing” (escrita espacial). Outro nome famoso que também experimentou a pintura luminosa usando pequenas lanternas em um quarto escuro foi o pintor espanhol Pablo Picasso, que dizia estar “desenhando com a luz”.








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