Minha casa não é onde moro...
Minha casa não está onde vc está...
minha casa está no vento
no adeus
Com o Perdão da Palavra
Minha visão deturpada do mundo!
sábado, 3 de março de 2012
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Até quando a imprensa vai escrever bobagens como essa ?
Observe o primeiro parágrafo de uma reportagem de destaque do jornal O Globo, ontem:
RIO – A troca de e-mails de Wellington Menezes de Oliveira está sendo analisada pela equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Além da quebra do sigilo do correio eletrônico do assassino, os investigadores conseguiram rastrear um blog feito por Wellington, que usava a página na Internet para disseminar mensagens desconexas sobre religião e jogos como GTA e Counter Strike (CS), onde o jogador municia a arma com auxílio de um Speed Loader, um carregador rápido para revólveres, usado por ele no massacre de alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira. Nos dois jogos, acumula mais pontos quem matar mulheres, crianças e idosos.
Os repórteres Antônio Werneck e Sérgio Ramalho obviamente nunca jogaram os GTA ou Counter-Strike, que sequer têm um sistema de “pontos”, crianças ou speed loaders. Mas eles estão fazendo a “obrigação” da imprensa: achar uma explicação mais elaborada para algo com uma explicação bem simples. O assassino de Realengo era um psicopata (ou, mais provavelmente como lembraram, um esquizofrênico em um surto psicótico), sem empatia, louco. Os detalhes serão interessantes para estudantes de disturbios mentais. Para a imprensa, acabou, não há muito mais de relevante a reportar a não ser a necessidade de sangue no Hemorio ou a dor das vítimas. Se ele gostava de videogames violentos, se era fanático religioso ou se tinha barba grande são detalhes que satisfazem a curiosidade mórbida do grande público que consome essas notícias com a mesma voracidade que acompanha a final do BBB, mas não explicam a situação.
É bem verdade que do Massacre de Columbine, nos EUA, para cá, a mídia evoluiu. Até bem pouco tempo atrás pareciam ser os videogames violentos os principais inspiradores de crimes do tipo. Mas agora ele é coadjuvante: e se você tiver o estômago para ler a reportagem de O Globo ou ouvir o Datena na Rádio Band, vai ver que o videogame só ajuda a “compor” o perfil do psicopata. Porque agora o que está na moda é culpar o fanatismo religioso. Mas devemos patrulhar a imprensa para evitar que continuem repetindo bobagens do tipo, antes que a “opinião pública” ressuscite leis anti-videogame.
A superexposição do caso e da intimidade do rapaz só satisfaz a curiosidade mórbida e vira combustível para gente raivosa, como os que picharam a casa dos familiares de Wellington. Devemos deixar isso de lado e discutir um controle mais rigoroso da venda e porte de armas (o exemplo da Inglaterra, motivado por tragédia semelhante, é interessante) e uma campanha para educar as pessoas a detectarem e tratar jovens com transtornos psiquiátricos. Bobagens como a reportagem d’O Globo só desinformam. [O Globo]
RIO – A troca de e-mails de Wellington Menezes de Oliveira está sendo analisada pela equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Além da quebra do sigilo do correio eletrônico do assassino, os investigadores conseguiram rastrear um blog feito por Wellington, que usava a página na Internet para disseminar mensagens desconexas sobre religião e jogos como GTA e Counter Strike (CS), onde o jogador municia a arma com auxílio de um Speed Loader, um carregador rápido para revólveres, usado por ele no massacre de alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira. Nos dois jogos, acumula mais pontos quem matar mulheres, crianças e idosos.
Os repórteres Antônio Werneck e Sérgio Ramalho obviamente nunca jogaram os GTA ou Counter-Strike, que sequer têm um sistema de “pontos”, crianças ou speed loaders. Mas eles estão fazendo a “obrigação” da imprensa: achar uma explicação mais elaborada para algo com uma explicação bem simples. O assassino de Realengo era um psicopata (ou, mais provavelmente como lembraram, um esquizofrênico em um surto psicótico), sem empatia, louco. Os detalhes serão interessantes para estudantes de disturbios mentais. Para a imprensa, acabou, não há muito mais de relevante a reportar a não ser a necessidade de sangue no Hemorio ou a dor das vítimas. Se ele gostava de videogames violentos, se era fanático religioso ou se tinha barba grande são detalhes que satisfazem a curiosidade mórbida do grande público que consome essas notícias com a mesma voracidade que acompanha a final do BBB, mas não explicam a situação.
É bem verdade que do Massacre de Columbine, nos EUA, para cá, a mídia evoluiu. Até bem pouco tempo atrás pareciam ser os videogames violentos os principais inspiradores de crimes do tipo. Mas agora ele é coadjuvante: e se você tiver o estômago para ler a reportagem de O Globo ou ouvir o Datena na Rádio Band, vai ver que o videogame só ajuda a “compor” o perfil do psicopata. Porque agora o que está na moda é culpar o fanatismo religioso. Mas devemos patrulhar a imprensa para evitar que continuem repetindo bobagens do tipo, antes que a “opinião pública” ressuscite leis anti-videogame.
A superexposição do caso e da intimidade do rapaz só satisfaz a curiosidade mórbida e vira combustível para gente raivosa, como os que picharam a casa dos familiares de Wellington. Devemos deixar isso de lado e discutir um controle mais rigoroso da venda e porte de armas (o exemplo da Inglaterra, motivado por tragédia semelhante, é interessante) e uma campanha para educar as pessoas a detectarem e tratar jovens com transtornos psiquiátricos. Bobagens como a reportagem d’O Globo só desinformam. [O Globo]
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Meu coração parece uma cartilha,cheio de letras e amores.
Deixei meu "A" ir embora,mas esse nunca me quis.
Meu "G" sempre me amou quisera em ama-la também.
Tenho um antigo "C" que reapareceu,antes nunca meu agora em minha memória.
Estranho mas meu mundo gira em "As" como se eu sempre esperasse esse ela aparecer entre essas cartas de amor.Sempre vou amar esse "a",talvez o mais minúsculo dessas letras mas sem duvida o mais bonito.Essa minha vida entre letras são tantas quanto o alfabeto,nenhuma realmente minha,nenhuma tão distante.
Essa é minha poesia de amor,não tão bonita mas cheio de amores em letras,uma vida de poeta.
Um tempo bom.
Acho que essa frase define meu momento.Hoje tenho a paz que tento busquei.Tenho o maior amor do mundo,o da minha filha,tenho o fim de um antigo sentimento,tenho a segurança que sempre me faltou.Acho que nunca me senti tão forte,tão dono de si.Deus está sendo bom pra mim,e agradeço esse período de paz.
quinta-feira, 31 de março de 2011
G1 - Cadela dá à luz 18 filhotes no interior de SP - notícias em São Paulo

Cadela dá à luz 18 filhotes no interior de SP
Parto durou duas horas e meia, em Rio Claro.
Ela estava com 10 kg a mais; recorde brasileiro é de 22 filhotes.
Os dezoito filhotes ficaram em uma encubadora,
apenas um morreu (Foto: Reprodução EPTV)
Uma cadela deu à luz 18 filhotes nesta quinta-feira (30), em Rio Claro, no interior de São Paulo. O recorde brasileiro é de 22 filhotes em um parto.
A cadela Menina, como é chamada pelos donos, estava com dez quilos a mais. Os filhotes ficaram em uma incubadora improvisada. Eles são um cruzamento de pit bull com rottweiler.
Apenas um dos 18 cachorros morreu. Os outros estão recebendo os cuidados de profissionais do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais de Rio Claro (Gada) para que sobrevivam. O parto durou duas horas e meia, o dobro do normal.
quinta-feira, 3 de março de 2011
BIG BROTHER BRASIL
Luiz Fernando Veríssimo
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa “distinta” Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço… A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, … encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE…
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.
Luiz Fernando Veríssimo
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa “distinta” Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço… A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, … encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE…
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
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